quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A Salamanca do Jarau será apresentada no SESI Santos

Neste fim de semana (dias 25 e 26) o SESI Santos apresentará, gratuitamente, a peça A Salamanca do Jarau, da gaúcha Cia Teatro Lumbra. Serão realizadas duas sessões, uma no sábado, às 20h, e outra no domingo, às 19h.  A montagem é uma das 12 selecionadas para integrar o circuito Viagem Teatral 2010 – 3ª Temporada, promovido pela entidade em todo o Estado.
A história trata do encontro do pobre Blau Nunes com o guardião do Cerro do Jarau, que o convida para passar por sete provas em troca de sete poderes. Ele passa pelas provas e conhece a princesa moura, na aparência de uma fada velha — a Teiniaguá encantada pelo diabo indígena Anhangá-Pitã — que lhe oferece riquezas enquanto o que ele quer é o seu amor. Blau recebe um amuleto amaldiçoado com o qual faz fortuna, porém, é difamado e isolado. Arrependido, ele devolve o talismã e liberta o sacristão e a Teiniaguá de uma maldição de 200 anos. Os dois libertos formam o casal que dá origem ao povo gaúcho, o cerro se desfaz e Blau recupera a paz.
A peça é baseada no conto homônimo de João Simões Lopes Neto, considerado um dos primeiros escritores modernistas do Brasil a aproveitar o folclore para fazer poesia e revelar segredos, em aparência de lendas, assombrações e mistérios populares. 
Os atores de "A Salamanca" se utilizam de efeitos de luz e sombra em suas cenas.
Neste espetáculo de animação, os sombristas interpretam os personagens e, ao mesmo tempo, narram a história utilizando luzes, sombras, objetos, figuras, silhuetas e o próprio corpo.
De acordo com Alexandre Fávero, diretor da montagem, este é um trabalho cênico de pesquisa e registro folclórico. “O resultado é a poesia audiovisual, combinada com o aprimoramento de equipamentos desenvolvidos exclusivamente para aproximar o movimento das luzes e sombras da dinâmica cinematográfica moderna, permitindo revelar um estilo contemporâneo de interpretação e de expressividade cênica, na qual os sentidos do espectador são guiados pelo universo fantástico do autor”, esclarece.
A trilha sonora concentra o repertório em ritmos e canções regionais. Assim, conta com milongas, rancheiras, toadas e outras variedades de ritmos que identificam a música de origem do extremo sul do país. “Para criar o clima de magia e encantamento que o conto sugere, linhas amparadas por efeitos de som, computadores e teclados são utilizados, dando um caráter modernista e original”, revela.
A peça participou do 15º Porto Alegre em Cena e do 8º Festival de Formas Animadas de Jaraguá do Sul (SC). E, obteve, também os seguintes prêmios: Fumproarte 2004 (Fundo artístico para pesquisa e montagem da Prefeitura Municipal de Porto Alegre), Funarte Myriam Muniz 2006 (Prêmio do Ministério da Cultura/Governo Federal para pesquisa e produção) e o Troféu Açorianos de Teatro 2007 (Porto Alegre/RS) nas categorias de melhor iluminação e melhor trilha sonora original.

(Fonte: SESI - Santos)

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