O Exército anunciou nesta quinta-feira (16) um acordo de parceria tecnológica com a empresa de segurança virtual Panda Security para combater o "terrorismo virtual" e para preparação para uma possível "guerra cibernética", como são chamados os ataques financiados por outros países.
Além disso, o exército comprou 37,5 mil licenças da plataforma corporativa de segurança da empresa - com contrato por dois anos, a custo de R$ 292,5 mil.
Segundo o general de brigada Antonino dos Santos Guerra Neto, comandante de comunicações e guerra eletrônica do Exército, a compra deverá proteger as informações comerciais e técnicas que circulam na rede formada pelos mais de 60 mil computadores da instituição. O general explicou que, diariamente, o Exército sofre centenas de tentativas de invasão e que "o cenário de guerra está migrando para o da guerra cibernética", que pode prejudicar a infraestrutura do país.
Com essa solução, em caso de ataque, o laboratório da empresa, que fica em Bilbao, na Espanha deverá oferecer em 24 horas um relatório dizendo que tipo de malware [praga virtual] foi usado e a solução para combatê-lo. Ou se é um novo tipo de vírus.
A empresa usa um sistema de "computação nas nuvens", o que significa que as informações são armazenadas em servidores remotos, em vez de localmente nos computadores. A tecnologia analisa e classifica de forma automática amostras diárias de vírus, enviadas por seus clientes pela internet. Com isso, há um impacto menor no desempenho dos computadores.
Juan Santana, executivo-chefe da Panda, conta que o Exército brasileiro é o primeiro do mundo a fazer esse tipo de parceria e que é muito importante a colaboração entre empresas e instituições públicas para combater o crime organizado. Santana lembrou que o Brasil é um dos maiores exportadores de vírus do mundo.
Esse tipo de problema de segurança é cada vez mais importante porque toda nossa vida está ficando digital. E os criminosos não querem mais só aparecer como faziam alguns anos atrás, eles querem ganhar dinheiro.
Diariamente, os servidores da Panda recebem entre 50 mil e 55 mil vírus novos. A base de dados da companhia alcançou a marca, neste ano, de 45 milhões de vírus.
(Fonte: R7)
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