quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Estado americano da Virgínia executa primeira mulher desde 1912

O Estado americano da Virgínia executou nesta quinta-feira Teresa Lewis, de 41 anos, a primeira mulher a ser executada nos Estados Unidos em cinco anos e a primeira no Estado desde 1912. Lewis admitiu ser culpada de ter contratado assassinos profissionais para matar seu marido e enteado em 2002.
Em agosto, os advogados de Lewis pediram clemência, mas a Suprema Corte dos Estados Unidos e o governador do Estado da Virgínia, Bob McDonnell, se recusaram a intervir no caso. E, apesar de pedidos da União Europeia, Lewis foi executada por injeção letal às 21h (horário local, 22h, horário de Brasília).
As autoridades divulgaram a hora da morte da prisioneira, 21h13 (horário local) e suas últimas palavras. "Quero que Kathy saiba que a amo e que sinto muito", disse Lewis. Kathy Clifton, filha do marido que foi assassinado, Julian Lewis, presenciou a execução.
Teresa Lewis, que tem dificuldades de aprendizado, passou suas últimas horas com seu conselheiro espiritual e familiares na prisão da cidade de Jarratt.

Teresa Lewis foi executada por injeção letal em Jarrat, Virgínia.
Bens e seguro de vida - No dia 30 de outubro de 2002, Lewis deixou a porta da casa onde morava com a família destrancada para que os assassinos Matthew Shallenberger e Rodney Fuller entrassem. Shallenberger e Fuller foram condenados à prisão perpétua. Shallenberger cometeu suicídio em 2006.
O marido de Lewis, Julian Lewis, de 51 anos, e o enteado, Charles Lewis, 25 anos, foram encontrados mortos a tiros na cidade de Danville, Virgínia. Teresa Lewis contratou os assassinos para matar sua família e herdar os bens de seu marido e o seguro de vida do enteado. Ela pagou pelas armas e munição usadas nos assassinatos.
Lewis, que tem um QI de 72, alegou que não tinha inteligência suficiente para planejar as mortes e que novas provas apresentadas pela defesa provariam que ela teria sido manipulada por um dos assassinos.
O governador da Virgínia, Bob McDonnell afirmou que os relatórios médicos e psicológicos não deram razões convincentes para concender clemência a Lewis e lembrou que ela admitiu a responsabilidade nos assassinatos.

(Fonte: BBC Brasil)

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