quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Manifestantes protestam contra projeto que proíbe pátio de contâiner no "Largo do Sapo"

    
    Na tarde desta terça-feira (31), manifestantes "pró-emprego" se reuniram no local conhecido como Largo do Sapo (Praça Coronel Joaquim Montenegro) para protestarem contra um Projeto de Lei (PJ) - número 898/2010 de autoria da prefeita Marcia Rosa - que visa coibir a instalação pátio de containers naquela região. Tal projeto, que seria votado naquela mesma tarde, diz que os pátios estão instalados degradam o meio ambiente e que estaria, dado o grande número de veículos de carga que por ali trafegam, comprometendo a estrutura das casas antigas - patrimônio histórico da cidade - bem como a via pública (já com o leito carroçável afundando).
   Por outro lado, os manifestantes alegam que o PJ já está ameaçando o emprego de trabalhadores das empresas que operam há anos na região e que demissões estão em curso, com tendência a piorar caso os vereadores a aprovem em sessão: "A prefeita fez um projeto que vai alterar a condição dos trabalhadores dessa área, com a vida dessas pessoas. Somos favoráveis que se gere emprego em do jeito que ela, vai acabar nos tirando isso. Já não tem emprego na cidade, mas tem para os de fora. Só aqui (as empresas daquela área), estão ameaçados cerca de mil empregos diretos e 4 mil indiretos e nós da Comissão do Desenvolvimento  de Cubatão e Região (CDCR) somos contra isso tudo" comentou José Antônio Barbosa (mais conhecido por "Fundo de Garantia"), o presidente CDCR e um dos que encabeçam o movimento.
Manifestantes em marcha pela Nove de Abril.
   Luís Carlos de Andrade, representando o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção do Mobiliário de Santos (SINTRACOMOS) foi mais contundente em suas críticas: "Nós estamos aqui em apoio aos trabalhadores, que ainda estão trabalhando. Portando, nosso intuito é preservar seus empregos. Então, o argumento de não querer que caminhões passem aqui para que 'essas belezas velhas' (as casas antigas) não caiam aos pedaços pode ser resolvido caso as empresas assumam suas preservações, o que já se presdipuzeram a fazer. Se o problema for esse, ela (a prefeita), não precisa esquentar a cabeça mas, o que não pode, são esses trabalhadores perderem seus empregos por conta disto".
Amíltom Barbosa Pereira (o Caixote), que estava passando pelo local, "protestou contra a protesto", mesmo reconhecendo que é um o direito de todo munícipe de se reunir e reinvidicar seus direitos: "Acho bonito e legal mas não vejo o porquê de concentrar tantos caminhões aqui se tem outros lugares perto das indústrias para esses pátios. Aqui é uma área dentro do município e lugar de moradias ou área pública para a cultura e não pátio de contâiner. Isto tem que acabar, é muito descaso".
    Inicialmente concentrados desde às 14 horas em frente à praça, os manisfestantes tomaram rumo à Sessão da Câmara onde o projeto estava pautado. Em marcha pela Avenida Nove de Abril, fecharam o trânsito portando faixas e carro de som chamando a atenção da população à causa. Entretanto, o que eles mais queriam naquele dia (saber o resultado da votação) sequer aconteceu, uma vez que a sessão foi prematuramente encerrada pela bancada de apoio à adminstração municipal, ato que gerou a indignação dos presentes.

(Crédito/Foto: Douglas Deiró)

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