Relator do caso diz que ausência de Durval Barbosa não vai impedir parecer
Conselho de Ética da Câmara planeja encerrar até o início de junho o processo de investigação sobre a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), que corre o risco de perder o mandato sob a acusação de quebra de decoro parlamentar. O objetivo é chegar a um parecer final até o dia 1º do mês que vem, confirmou o relator do caso, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Em reunião realizada nesta quarta-feira (4), Sampaio lamentou a ausência do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. O delator do chamado "Mensalão do DEM", prestaria depoimento sobre o vídeo, divulgado no início deste ano em que aparece entregando um maço de dinheiro à deputada Jaqueline Roriz, em 2006, quando ela concorria a uma vaga deputada distrital - equivalente a deputado estadual no Distrito Federal.
O parlamentar disse, porém, que a ausência não atrapalha o andamento do processo: "Todas as provas e depoimentos dados por ele [à Polícia Federal] já são de posse desse Conselho. Todos os elementos de prova constam dos autos". Os advogados de Jaqueline também foram convidados para o encontro de hoje, mas não apareceram. Um laudo sobre a autenticidade do vídeo de Jaqueline deve chegar à Câmara até esta quinta-feira (5).
Para cassar a deputada, seus colegas deverão analisar ainda se um fato anterior ao mandato pode ser considerado quebra do decoro parlamentar. Pesa também sobre Jaqueline a suspeita de usar dinheiro público, da verba indenizatória a que cada parlamentar tem direito, para pagar despesas pessoais de seu marido.
(Fonte: R7)
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