O campeão mundial e olímpico e três outros nadadores tinham a substância furosemida, um diurético, no organismo. A CBDA optou por uma simples advertência, mas a decisão final cabe à Federação Internacional de Natação.
O campeão mundial e olímpico Cesar Cielo e mais três nadadores foram pegos no teste antidoping. Os exames foram realizados durante o Troféu Maria Lenk, disputado em maio no Rio de Janeiro. Cesar Cielo, Nicholas Santos e Henrique Barbosa (do Flamengo) e Vinicius Waked (do Minas Tênis) apresentaram resultado adverso para a substância furosemida, um diurético. A punição varia de uma simples advertência para até dois anos de suspensão.
O painel de controle de doping da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos ouviu na quinta-feira (30) os atletas e optou pela pena mínima. Os nadadores perderam apenas resultados e medalhas obtidos no Maria Lenk. “O grau de suspensão de zero a dois anos depende do que o atleta diz, em termos de julgar a culpa do atleta ou a negligência do atleta”, afirma Eduardo de Rose, médico e integrante da Agência Mundial antidoping.
O único campeão olímpico da natação brasileira disse que a substância foi detectada depois do uso de um suplemento alimentar que ele sempre consome: “Segundo o laudo apresentado pelo laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a contaminação da substância foi comprovada”, declarou Cielo.
As punições pelo uso de diuréticos normalmente não são tão brandas. A ginasta Daiane dos Santos foi flagrada com a mesma substância e ficou cinco meses afastada do esporte. Na natação, a brasileira Daynara de Paula foi suspensa por seis meses pelo uso do mesmo diurético no ano passado.
O caso agora será avaliado pela Federação Internacional de Natação, que pode aceitar a punição proposta pelos brasileiros ou determinar uma punição maior, impedindo Cesar Cielo de disputar o Campeonato Mundial que ocorre ainda esse mês, na China.
A farmácia de manipulação que fez o suplemento alimentar para os nadadores já reconheceu o erro.
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| Cielo: Punição varia de uma simples advertência para até dois anos de suspensão. (Foto: Eladio Machado/Terra) |
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